Nem tudo são más notícias, pois de acordo com a Agência para a Energia (ADENE), Portugal ultrapassou em 2020 as metas estabelecidas para o consumo final bruto de energias renováveis, ao atingir uma quota de 34,1%, quando esta estava fixada em 31%.
"Registou-se uma quota de 34,1% de Energias Renováveis no Consumo Final Bruto em 2020, ultrapassando-se assim a meta de 31,0% traçada de acordo com a Diretiva Comunitária 2009/28/CE" - ADENE
Segundo o relatório "Portugal e as Metas Energéticas para 2020", elaborado pela Agência para Energia, este valor positivo justifica-se pela redução de consumos de combustíveis de origem fóssil e com a substituição da produção termoelétrica fóssil pela produção de eletricidade renovável.
Estes fatores deveram-se essencialmente à queda da procura dos combustíveis rodoviários resultante da redução das deslocações e restrições à mobilidade impostas pela pandemia, bem como à redução do consumo de carvão para a produção da eletricidade, proveniente do encerramento da Central Termoelétrica de Sines no final de 2020.
A ADENE ressalta, no entanto, que poderá ainda ocorrer correções às contribuições dos consumos resultantes de fontes de energia renovável, mas que este ajuste deverá situar-se abaixo dos 0,5%, não pondo em causa o cumprimento da meta.
É ainda de salientar que segundo a divulgação de Science Daily, é expectável que o sector das energias crie até 2050, oito milhões de empregos caso as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas, devido às indústrias de energia solar e eólica.
A conclusão do relatório "Portugal e as Metas Energéticas para 2020" pode ser consultado através da página do Observatório da Energia da ADENE.
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