A partir de 2022, a Comissão europeia pretende introduzir o “Passaporte Digital de Produtos”, uma iniciativa que visa combater o consumo excessivo e a geração de resíduos nos países europeus, promovendo assim, o modelo da economia circular.
Um dos objetivos desta medida é aumentar a transparência na cadeia de valor, bem como melhorar a transmissão da informação dos bens adquiridos pelo consumidor. Através da leitura dos códigos de barras dos produtos, pretende-se informar sobre os seus componentes, além dos aspetos relacionados com a reutilização, reciclagem e gestão de resíduos.
Segundo Paulo Lemos da direção-geral do Ambiente da Comissão Europeia e ex-secretário de Estado do Ambiente:
"O que se está a estudar é que determinados produtos terão de conter informação que poderá ser lida por qualquer pessoa através de um código de barras. Diz onde o produto foi produzido, quais foram as emissões de CO₂ na produção, que produtos é que contém e se tem algumas substâncias perigosas, como é que foi reparado. O passaporte do produto em princípio contém informação estática e dinâmica, ou seja, é possível introduzir informação sobre as intervenções que recebeu."
Esta iniciativa prevê não só um aumento da consciência e responsabilidade ambiental, mas também pretende garantir que os consumidores e as empresas mantenham os produtos em circulação o máximo de tempo possível.
William Neale, conselheiro para a Economia Circular do departamento de ambiente da Comissão Europeia, reforça que:
“Precisamos mesmo de garantir que os produtos que são colocados nos nossos mercados são projetados para serem duráveis, reparáveis, e assim por diante.”
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